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Pensamentos no SilvaTexas

14 de maio de 2011

SÉRIE 9300!





* Ainda vou continuar com o material circulante de via métrica que já circulou pelas nossas linhas ferroviárias; infelizmente a maioria já extintas.
* A "SÉRIE 9300" reporta-se a um tipo de automotora que era utilizada pela Companhia dos Caminhos-de-Ferro Portugueses - atual Comboios de Portugal, SA - nas Linhas do Vouga, do Dão - já extinta - Porto à Póvoa e Famalicão - em parte afeta à empresa "Metro do Porto - Guimarães - agora eletrificada e transformada em bitola ibérica - e Tua - o que ainda existe está afeto ao "Metro de Mirandela" - e nos Ramais de Aveiro - ainda em funcionamento - e Matosinhos - já extinto.
* Planeadas para serem uma versão de via estreita (mil milímetros entre carris), e por isso mais limitada, das automotoras da série 0300, da mesma construtora - a empresa N V Allan - foram construidas no ano de 1954. Chegaram a  Portugal no ano seguinte (1955), para complementar a reduzida frota de automotoras de via estreita da então companhoa ferroviária, que nessa altura era composta essencialmente pelas unidades da série 9100, sendo os restantes serviços efetuados por composições tracionadas por locomotivas a vapor.
* Após vários testes, que se revelaram satisfatórios, entraram definitivamente ao serviço em 16 de Outubro de 1955, na então Linha do Tua - que ainda terminava na Estação Ferroviária de Bragança. Ainda no mesmo ano, também começaram os seus serviços nas Linhas do Porto à Póvoa de Varzim e Famalicão, Guimarães e no Ramal de Matosinhos. Em 1975, foram introduzidas as primeiras unidades nas Linhas do Vouga (amputada, mas ainda existente entre Espinho "Vouga" e Sernada) e Dão e no Ramal de Aveiro (Aveiro/Águeda/Sernada); as outras automotoras da mesma série ali colocadas, junto com os respetivos reboques, após terem sido substituidas por composições tracionadas por locomotivas da série 9000 nas linhas métricas do Porto - Estações da Trindade e da Boavista - e pelas automotoras da série 9700 na linha do Tua.
* Na década de 1980, foram introduzidas, nas unidades motoras, novos motores diesel da marca "Volvo"; encontrando-se ainda a funcionar no ano de 1993, com reboque na Linha do Vouga. Em 2001, foram substituídas pelas automotoras da série 9630 na Linha do Vouga e Ramalde Aveiro, tendo sido abatidas ao serviço. A número 9301 foi vendida ao Museu Vasco del Ferrocaril, mantendo ainda o esquema de cores da companhia portuguesa. A número 9307 foi convertida numa unidade de socorro (encontrando-se aparcada na Estação Ferroviária de Sernada do Vouga) e, por último, a número 9310 foi  preservada.
* Originalmente classificadas como MRy301-310, estas dez (10) automotoras detinham capacidade para trinta e dois passageiros sentados em terceira classe e doze em primeira classe - nessa época não havia segunda classe ferroviária - dois lavabos no centro da composição e um furgão de reduzidas dimensões. Os oito atrelados dispunham de sessenta e oito lugares sentados apenas em terceira classe e não dispunham de nenhum local para bagagens. O esquema de cores aoriginais - azul com uma faixa vermelha (encontra-se um exemplar de bitola ibérica preservado no Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento) - foi, na década de 1970, alterado para a pintura vermelha e branca, caraterística das composições daquela companhia. Alguns dos veículos (poucos) também chegaram a ostentar uma decoração em azul escuro com faixas vermelhas.
* A propulsão das unidades motoras era assegurada por dois motores  AEC de 200 cavalos a diesel e, a energia elétrica, por quatro motores de oitenta cavlos. O aquecimento nas motoras era feito a partir do sistema de circulação de água para o arrefecimento dos motores, enquanto que nos reboques era utilizada uma caldeira com um aparelho de ar quente pulsado. A iluminação era elétrica. Quanto à frenagem era efetuada por um sistema misto de ar comprimido e vácuo de funcionamento elétrico e manual na motora, e só a vácuo no reboque.
* Apesar da sua excelente fiabilidade, tendiam a pender demasiado nas curvas e a incendiar-se, o que causou alguns acidentes, como o desastre ferroviário de Custóias - Matosinhos - em 26 de Julho de 1964, no qual a unidade então com o número 309 descarrilou numa curva da Linha do Porto à Póvoa de Varzim e Famalicão, tendo-se incendiado de seguida, ou, ainda, a destruição - completa- da então número 302 num acidente na Linha do Tua.
*  Atingiam na sua máxima velocidade 70 quilómetros/hora.

                       LISTAGEM DAS DEZ UNIDADES MOTORAS
                            (NUMERAÇÃO NOVA, SÉRIE 9300)

a) - 9301: Adquirida pelo Museu Vasco del Ferrocarril;
b) - 9302: Destruida num incêndio na Linha do Tua, no final da década de 1970;
c) - 9303: Abatida ao serviço - desconhecendo-se o paradeiro;
d) - 9304: Abatida ao serviço - abandonada;
e) - 9305: Abatida ao serviço - desconhecendo-se a eventual localização;
f) - 9306: Abatida ao serviço - abandonada na Estação de São João da Madeira;
g) - 9307: Convertida em composição de socorro, parqueda em Sernada Vouga;
h) - 9308: Abatida ao serviço - desconhecendo-se o paradeiro (ou sucata);
i) - 9309: Destruida no desastre ferroviário de Custóias em 26 de Julho de 1964
j) - 9310: Única preservada e mantendo-se apta a  funcionar.





Compilado em Gondomar, por "texasselvagem"
NOTAS: Todos os parênteses ( ) e alguns hífens (-) são do meu conhecimento pessoal.  

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