RAMAL DA LOUSÃ
* Penso que este artigo será o último sobre os ramais ferroviários encerrados à circulação; no entanto, fico à disposição de quem me quiser ajudar, indicando mais alguns de que ainda não tenha escrito. De seguida irei passar às linhas na mesma situação (encerradas ou extintas).
* Assim, o "RAMAL DA LOUSÃ" era um troço de bitola ibérica que integrava o sistema ferroviário nacional. Apresentava uma extensão de 36,90 quilómetros, ligando a cidade de Coimbra a Serpins - uma freguesia do concelho de Lousã - passando por Ceira, Miranda do Corvo e Lousã. A gestão do transporte de passageiros e material circulante afeto a esta função era feita pela empresa "Comboios de Portugal" - CP - enquanto que a "Rede Ferroviária Nacional" - REFER - assegurava a gestão das infraestruturas.
* O material circulante que era utilizado neste troço era composto por automotoras das sérier 0450 (unidades dupla diesel) e 0350 (allans renovadas, alfaces).
* Este ramal encontra-se totalmente encerrado ao tráfego ferroviário desde 2009.
* A construção deste ramal foi oficialmente anunciado por portaria no reinado de Dom Luiz I, no ano de 1873. Em 1887 foi concessionada à firma "FONSECAS, SANTOS & VIANA" uma linha de via reduzida entre Coimbra e Arganil, com passagem (e paragem) em Miranda do Corvo e Lousã. Esta mesma empresa solicita a substituição de via reduzida por uma via larga tendo em mente o possível prolongamento do Ramal da Lousã até à Covilhã, na Linha da Beira Baixa.
* Logo no ano seguinte, um segundo alvará atribui a concessão da via à "COMPANHIA DO CAMINHO-DE-FERRO DO MONDEGO", que em 1897, declara falência.
* Os trabalhos de construção do troço da linha entre Coimbra e Lousã, numa extensão de vinte e nove (29) quilómetros, tiveram início em 1889 e prolongaram-se por dezassete anos.
* A chegada da primeira locomotiva foi comemorada com pompa e circunstância, o dia 16 de Dezembro de 1906 foi de festa para a Lousã, "houve grandes festejos, muita música e muitos foguetes, tendo afluido ali enorme quantidade de pessoas", como relatava à época o semanário "A Comarca de Arganil"(**)
* No ano seguinte, em 1907, foram feitas as primeiras tentativas de dar continuidade à obra, prolongando a sua extensão até Arganil, objetivo que nunca viria a ser concretizado pera além de Serpins, localidade que aré ao encerramento foi o términus deste ramal. A inauguração do troço Lousã-Serpins ocorreu no dia 10 de Agosto de 1930.
* Um dos principais elementos do material circulante que asseguraram os serviços nesta ligação foram as automotoras da série 0300 (Allans, originais).
* Por ocasião das comemorações do centenário dlo ramal da Lousã, em 2006, foi inaugurado em Miranda do Corvo uum monumento de homenagem aos ferroviários.
* Já se iniciou o projeto de conversão deste ramal num metropolitano de superfície, denominado por "Metro do Mondego", tendo já sido implementadas as infraestruturas de apoio ao transporte rodoviário, que irá substituir o transporte ferroviário durante a conversão.
* Esta adaptação iniciou-se em 02 de Dezembro entre Serpins e o Alto de São João.
* O projeto do "Metro do Mondego" é oposto pelo MOVIMENTO DE DEFESA DO RAMAL DA LOUSÃ, um grupo que defende a modernização do material circulante e infraestruturas do ramal. Este grupo exige, ainda, o calendário das obras de requalificação e garantias de qualidade nos transportes alternativos.
* A aprovação do orçamento de estado para o corrente ano (2011) prevê a extinção da empresa "Metro do Mondego,SA" e a sua integração na REFER. A mais que provável suspensão das obras gerou uma onda de descontentamento (***)
NOTAS:
(**) "...está em festa a Lousan. A partir de hoje, tem lugar no mundo ativo e febril da civilização; ficam-lhe abertas as portas de todos os grandes centros da atividade humana(...) A partir de hoje tem a Lousan o seu caminho-de-ferro."
(excerto do jornal "Louzanense de Dezembro de 1906).
(***) - Blogue oficial do "Movimento de Defesa do Ramal da Lousã" (http://ramaldalousa.blogspot.com/)
DO EDITOR: "LOUSAN" GRAFIA À ÉPOCA QUE HOJE ORIGINOU LOUSÃ.
Compilado em Gondomar, por "texasselvagem".
* O material circulante que era utilizado neste troço era composto por automotoras das sérier 0450 (unidades dupla diesel) e 0350 (allans renovadas, alfaces).
* Este ramal encontra-se totalmente encerrado ao tráfego ferroviário desde 2009.
* A construção deste ramal foi oficialmente anunciado por portaria no reinado de Dom Luiz I, no ano de 1873. Em 1887 foi concessionada à firma "FONSECAS, SANTOS & VIANA" uma linha de via reduzida entre Coimbra e Arganil, com passagem (e paragem) em Miranda do Corvo e Lousã. Esta mesma empresa solicita a substituição de via reduzida por uma via larga tendo em mente o possível prolongamento do Ramal da Lousã até à Covilhã, na Linha da Beira Baixa.
* Logo no ano seguinte, um segundo alvará atribui a concessão da via à "COMPANHIA DO CAMINHO-DE-FERRO DO MONDEGO", que em 1897, declara falência.
* Os trabalhos de construção do troço da linha entre Coimbra e Lousã, numa extensão de vinte e nove (29) quilómetros, tiveram início em 1889 e prolongaram-se por dezassete anos.
* A chegada da primeira locomotiva foi comemorada com pompa e circunstância, o dia 16 de Dezembro de 1906 foi de festa para a Lousã, "houve grandes festejos, muita música e muitos foguetes, tendo afluido ali enorme quantidade de pessoas", como relatava à época o semanário "A Comarca de Arganil"(**)
* No ano seguinte, em 1907, foram feitas as primeiras tentativas de dar continuidade à obra, prolongando a sua extensão até Arganil, objetivo que nunca viria a ser concretizado pera além de Serpins, localidade que aré ao encerramento foi o términus deste ramal. A inauguração do troço Lousã-Serpins ocorreu no dia 10 de Agosto de 1930.
* Um dos principais elementos do material circulante que asseguraram os serviços nesta ligação foram as automotoras da série 0300 (Allans, originais).
* Por ocasião das comemorações do centenário dlo ramal da Lousã, em 2006, foi inaugurado em Miranda do Corvo uum monumento de homenagem aos ferroviários.
* Já se iniciou o projeto de conversão deste ramal num metropolitano de superfície, denominado por "Metro do Mondego", tendo já sido implementadas as infraestruturas de apoio ao transporte rodoviário, que irá substituir o transporte ferroviário durante a conversão.
* Esta adaptação iniciou-se em 02 de Dezembro entre Serpins e o Alto de São João.
* O projeto do "Metro do Mondego" é oposto pelo MOVIMENTO DE DEFESA DO RAMAL DA LOUSÃ, um grupo que defende a modernização do material circulante e infraestruturas do ramal. Este grupo exige, ainda, o calendário das obras de requalificação e garantias de qualidade nos transportes alternativos.
* A aprovação do orçamento de estado para o corrente ano (2011) prevê a extinção da empresa "Metro do Mondego,SA" e a sua integração na REFER. A mais que provável suspensão das obras gerou uma onda de descontentamento (***)
NOTAS:
(**) "...está em festa a Lousan. A partir de hoje, tem lugar no mundo ativo e febril da civilização; ficam-lhe abertas as portas de todos os grandes centros da atividade humana(...) A partir de hoje tem a Lousan o seu caminho-de-ferro."
(excerto do jornal "Louzanense de Dezembro de 1906).
(***) - Blogue oficial do "Movimento de Defesa do Ramal da Lousã" (http://ramaldalousa.blogspot.com/)
DO EDITOR: "LOUSAN" GRAFIA À ÉPOCA QUE HOJE ORIGINOU LOUSÃ.
Compilado em Gondomar, por "texasselvagem".
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