Texas Selvagem - A. J. Teixeira. Com tecnologia do Blogger.

Pensamentos no SilvaTexas

8 de novembro de 2012

MUSEU FERROVIÁRIO DE LOUSADO

Locomotiva número 6, fabricada no ano de 1874, que
pertenceu à "Companhia do Porto à Póvoa de Varzim"
(PPV), de via métrica e três rodas motrizes. Foi batizada
com o nome de Póvoa de Varzim.

Vagoneta que deslizava sobre carris.

Já são raras, mas...ainda se encxontram algumas em estações.
Na Senhora da Hora, em Matosinhos elas estão lá.
Chapas que eram manuseadas através de um arame
e que indicavam os destinos das composições.

Não precisa explicar, basta ler o que está escrito!|

Diferentes tipos de máquinas, mas todas com aplicação na ferrovia
Forjas, cortantes, de carpintaria, de serralharia, etc.

Preparação de um tronco de madeira em ripas para
as linhas.

Candeeiro de pé e que era alimentado a petróleo iluminante
(cor rosa).
Saudosos os tempos em que as composições iam
a Duas Igrejas (linha do Sabor)!

Vista geral do edifício ferroviário de Lousado,
na parte voltada para o cais de embarque.


No exterior e sobre uma placa giratória, carcaça em
ferro de um vagão de mercadorias.



No exterior bomba de água em estado de nova.

A entrada principal do Museu dos Caminhos de
Ferro, em Lousado.

Transbordador (ou transportador) entre as várias
linhas que dão acesso ao museu.

Uma linha de topo e a parte lateral do museu.

A verdadeira guarda de passagem de nível, com a sua
farda. A antiga placa em granito do...páre, escute e
olhe!

Esta é de brincar, mas apeteceu-me dar uma volta!

Outro candeeiro, este de parede, que também era
iluminado a petróleo iluminante.

(Final da reportagem)                                                 ....////....

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7 de novembro de 2012

LOUSADO E O SEU MUSEU FERROVIÁRIO!

* LOUSADO é uma freguesia do concelho de Vila Nova de Famalicão, com a área de 5,61 quilómetros quadrados e, pelo recenseamento do ano de 2011, possui 4057 habitantes, o que equivale à densidade populacional de 723,20 habitantes/quilómetro quadrado.
* Além de ser um dos importantes centros ferroviários do país, foi nesta freguesia que nasceu o Cardeal Cerejeira (patriarca de Lisboa no tempo do Estado Novo).
* Existe uma lenda que terá dado origem ao nome da localidade. Nas estrada que ligava o Porto a Braga, existiria uma ponte romana - talvez onde hoje se situa a Ponte da Lagoncinha - que tinha um troço que estava empedrado com fragmentos de lousa - xisto. O povo começou a chamar a esse troço "o caminho enlousado". Com o decorrer dos tempos a palavra "enlousado" sofreu modificações que vieram a dar "lousado", que viria a ser o nome das terras por onde passava um caminho - que foi pertença do Mosteiro de Landim - que, por sua vez, formaria o topónimo da freguesia integrada no referido concelho.
* MUSEU FERROVIÁRIO DE LOUSADO está instalado nas antigas oficinas do Caminho-de-Ferro de Guimarães (CFG) - 1883/1927 - que constituem hoje um ícone a considerar no âmbito da arqueologia industrial portuguesa. Até ao seu encerramento, esta infraestrutura ferroviária servia as linhas de Guimarães e do Minho, que eram de bitolas diferentes (a primeira de via métrica e a segunda de via ibérica), sendo, portanto, uma via algaliada.
* Nesta secção museológica encontra-se em permanência uma mostra importante do acervo da CP - englobou oito distintas companhias entre os anos de 1885 até 1977 - incluindo quatro locomotivas a vapor, que encabeçam outros tantos comboios formados por tipologia.
* Aqui se encontra a mais antiga locomotiva a vapor de via estreita em Portugal, construida no ano de 1874 em Inglaterra, que convive com a carruagem hospital (posto médico) que homenageia o Doutor Egas Moniz, médico ferroviário, natural de Avanca (Estarreja) e galardoado com o Prémio Nobel da Medicina em 1949. O conjunto exibe, ainda, módulos especializados, tais como pontes-rolantes, máquinas e ferramentas para fabrico e reparações de peças, forja, carpintaria e serração. São várias as locomotivas em exposição (todas elas consideradas joias ferroviárias), tal como a locomotiva número 6 CFPPV (Caminhos de Ferro do Porto à Póvoa de Varzim), construida em 1874, no país de sua majestade britânica.
Lavatório ou lava mãos em pura faiança pintada
manualmente.

Carruagem de passageiros, apelidada de "napolitana"!

A carruagem posto-médico que homenageia o Doutor
Egas Moniz e que pertenceu à "Companhia dos Caminhos
de Ferro do Norte de Portugal".

Grua de fabrico inglês e que pertenceu às "Oficinas
da Boavista" da cidade do Porto.

Carruagem de passageiros de 3ª classe, construida
em madeira e com o sinal de termo de composição.

Dresine do modelo DPE 1.

Esta carruagem foi fabricada no ano de 1931, pela fábrica
italiana "Napoli", sendo um salão presidencial de 1ª
classe. 

Uma dedicatória especial ao amigo "bombeiral"
Alberto Guimarães.
Bomba braçal de incêndio.

Não é preciso legenda. Favor ler o aviso!

Parece um volante, mas é apenas o travão de estacionamento
(manual) e outros comandos. 

Automotora de fabrico português, motor
"Chevrolet", modelo CP ME 7, fabricada no ano de
1947 e que tinham apenas 1ª e 3ª classes. Funcionavam
a gasolina; porém, e de início, consumiam gasogénio  

Frontal da locomomotiva a vapor número 104 que
pertenceu à "Companhia dos Caminhos de Ferro do
Norte de Portugal".

Fabricada em Inglaterra pela sociedade Henschel & Sohn
no ano de 1931 e cujo número de fabrico corresponde ao
21878.

Dentro da cabine de condução daquela locomotiva.

Outra perspetiva da mesma cabine. Efetivamente a minha
permissão de conduzir não abrange estes veículos.

Locomotiva a vapor fabricada no ano de 1905,  de via
métrica e que pertenceu à companhia dos caminhos
de ferro do Porto à Póvoa e Famalicão (PPF).

Locomotiva a vapor número 6, fabricada em 1907, também
de via métrica e que pertenceu à sociedade "Caminhos de
Ferro de Guimarães (CFG).

Esta locomotiva foi batizada com o nome de "Soares
Velloso" que foi um dos percursores ferroviários.

Salão de direção "SEyf 5" construido no ano de 1931.

Vagão de via métrica e abas largas, fabricado no ano
de 1888 e que pertencia à CFG (Guimarães).

Vagão da série "Uhk" de transporte de materiais
líquidos.

No interior da carruagem de passageiros de 3ª classe.
Bancos em madeira, de um lado duplos e do outro
singelos.

Aqui já é a 1ª. classe. Os assentos são almofadados
por via das hemorróidas.

Uma pequena perspetiva do material em exposição.

Não precisa de legenda. É só ler a placa comemorativa.

Ora aqui temos a imponência de uma locomotiva a vapor
de via métrica, a E-144, fabricada no ano de 1931.
* A exposição de material circulante que está organizada cronologicamente, tem por objetivo dar a conhecer diversos tipos de comboios. O material cujo fabrico medeia de 1875 a 1965 é oriundo de oito companhias, tendo sido adquirido em seis paises a quinze construtores.
   
(continua...)                 .....///.....

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5 de novembro de 2012

BARRIMAU!

* BARRIMAU é um aglomerado (bairro habitacional) que pertence à freguesia de Calendário, do concelho de Vila Nova de Famalicão e distrito bracarense.

* Nesta localidade existe um apeadeiro da linha ferroviária do Minho, mas as únicas composições que aqui fazem paragem são as "UME'S" (unidades múltiplas elétricas) da série 3400 que pertencem aos comboios suburbanos do Porto e que terminam a sua marcha na Estação Ferroviária de Braga, usando - desde a freguesia vizinha de Nine - o Ramal de Braga.

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NINE E A SUA SURPRESA ESCONDIDA!

* NINE é uma freguesia do concelho de Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga (por ora), sendo a sua área de 3,96 quilómetros quadrados, com 2974 habitantes - pelo recenseamento do ano de 2011 - o que perfaz a densidade populacional de 751 habitantes/quilómetro quadrado. Os seus naturais são conhecidos por "ninenses".
Composição da série 592, "UTD" (unidade tripla diesel)
aparcada na linha de topo e que efetua o regional entre
Viana do Castelo e Nine.

A Estação Ferroviária de Nine situa-se precisamente
ao quilómetro 39 da Linha do Minho. 

Uma dresine com a sua vagoneta acoplada, material este
que pertence à "Refer". Os meus dois ilustres acompanhantes
(Carlos de Sá e Pedro Zúquete) ficaram de costas...mas
os anjos não teem costas! 

E começam as surpresas...
Locomotiva a vapor CP-014 que serviu esta linha.
A falta dos batentes apenas se deve ao fato de
não caber na cocheira. Eles estão devidamente
resguardados. (a)

Dois quadriciclos. Em primeiro plano a pedal e o
segundo motorizado.

A surpresa das surpresas! A locomotiva a vapor CP
02049, a célebre "Andorinha" que é a mais antiga em
Portugal, apesar da sua numeração.(b)

Balança decimal que era usada para pesar os grandes volumes
despachados. O peso marcado equivale a dez vezes.

Grande plano do quadriciclo motorizado (...tentaremos
usar um destes para a nossa viagem do Pocinho a
Barca d'Alva)!

Este já não tem tanto interesse para nós! É movido
à pedalada.

Locomotiva a vapor CP002. Encontra-se uma irmã gémea
na Rotunda das Locomotivas do Entroncamento. A
nossa atual CP resultou da fusão de várias companhias,
daí a numeração não corresponder à antiguidade! (c)

Embora envidraçado, trata-se de um Salão Pagador.

Vista em pormenor da locomotiva CP002 de duas
rodas motrizes.(c)

Carruagem de passageiros de 1ª classe, com cortinas e
assentos aveludados. Um luxo para a época. Circulou
um pouco por toda a parte, em bitola ibérica.

No quadriciclo motorizado o inspetor ia sentado
numa cadeira de pau. Para o condutor havia o
normal selim dos nossos dias! 


Ora aqui temos em pormenor a luxuosa carruagem de
primeiríssima classe. 

Tudo o que se viu encontra-se perservado nestas
cocheiras. O único senão é a falta de acesso direto,
pois este tem de ser feito atravessando as vias
de circulação. Felizmente que já começaram com
as obras que, dentro em breve, vão permitir que
aqui seja criada uma nova secção museológica,
porque o material merece ser visto e apreciado!   

Veículo rodoferroviário que pertence à "Refer" (Rede
Nacional Ferroviária).

O guardião do templo...Desculpem-me, mas aqui
não entra futebol.


* A freguesia é servida pela Estação Ferroviária de Nine, que serve a linha do Minho e o Ramal de Braga.
* Quero agradecer em meu nome pessoal e dos meus dois acompanhantes a autorização prestada pela ilustre Senhora Doutora Rita Jardim Pereira da Associação Nacional do Museu Ferroviário, do Entroncamento e ao ilustre colaborador Rui Vilaça, pessoa que nos franqueou as portas e foi prestando os esclarecimentos às questões que punhamos. Aconselho todos os entusiastas a fazerem uma visita, logo que haja condições para a sua efetiva abertura.  
NOTAS IMPORTANTES:
a) - Locomotiva de origem inglesa do fabricante "Bayer Peacock" do ano de 1899, cujo número de fabrico foi o 3022, tendo sido batizada pela empresa "Minho e Douro", com o nome de "Mattosinhos", circulando com o número 18 até 1931, de 1931 até 1951, a sua numeração passou a ser CP2018, tendo, finalmente, a partir de 1951, sido renumerada como CP14.

b) - Locomoitiva de origem inglesa do fabricante "William Fairbaim & Sons", adquirida pela "Companhia Central Peninsular de Caminhos de Ferro" e que terá sido batizada com o nome "Estremoz", sendo posteriormente comprada pela companhia "Caminhos de Ferro do Estado Minho e Douro" em 1874, sendo que desde este ano até 1901 era a número MD 17, renumerada em 1901 - até 1904 - como a MD 13, desde 1904 a 1931 MD 49 e, por último, desde 1931 aos nossos dias, CP2049.

c) - Esta locomotiva (CP002) faz parte de uma série de quatro, mas construidas por dois fabricantes distintos. Assim, a CP001 e CP002 foram fabricadas pela "Sachscische Machinefabeik Vormals-Richard Harteman AG" (Alemanha) no ano de 1882, com os números de fábrica 1132 e 1133, numeradas como CP1 e CP2  até 1933, sendo em diante as CP001 e CP002. As restantes duas (CP003 e CP004) foram fabricadas pela casa "John Cockerill, Ougrée", na Bélgica, sendo os números de fábrica 1601 e 1602. Numeradas até ao ano de 1931 como CP3 e CP4 e posteriormente, até hoje, CP003 e CP004.

Um muito obrigado ao ilustre amigo Rui Vilaça por estas tão importantes notas.  

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