DESFILE COMEMORATIVO - PARTE III
* Continuando a ter como guião a brochura fornecida, vou-me referir, em concreto, ao CARRO AMERICANO NÚMERO 8 (OITO).
* O Museu do Carro Elétrico preserva nas suas coleções um belo e raríssimo exemplar deste veículo que ajudou a transformar a cidade "tripeira" nos finais do século XIX e inícios do século XX. Trata-se do carro americano número 8 que era puxado por uma ou duas parelhas de mulas, dependendo da inclinação das artérias. Transportava sensivelmente doze pessoas sentadas. Os seus bancos são de ripas de madeira e plataforma de salão. Foi denominado "risca ao meio" pela disposição longitudinal dos bancos onde os viajantes se sentavam frente a frente.
* Como curiosidade diga-se que em ruas de muita inclinação (exemplo a da Restauração) muitas senhoras com receio que o mesmo se despenhasse, rua abaixo, preferiam fazer a pé todo o percurso, inúmeras vezes, sob um sol escaldante e nuvens de pó, tão caraterísticas dos caminhos dessa época.
* Durante a noite era iluminado por velas de estearina (gordura vegetal) colocadas em lanternas que existiam no canto superior direito das plataformas. Posteriormente, na sua iluminação foi utilizado o petróleo. Para se identificarem os destinos dos carros substituiam-se os vidros das lanternas por diferentes cores que deixavam transparecer a luz para o exterior.
Atuação da tuna "Gristo Académico" no exterior do edifício do Museu (a antiga central termoelétrica de Massarelos), no Largo Basílio Teles. |
O homenageado! Carro americano número 8. |
Continuação da atuação da tuna que veio trazer bastante alegria e entusiasmo aos presentes. |
Carro elétrico histórico número 247, do modelo Brill. Note-se a rede para evitar que, em caso de atropelamento a vítima fosse esmagada pelos rodados. Destino Praça (da Liberdade), carreira 2/ |
Um verdadeiro guarda-freio trajado comn a vestimenta usada à época. |
Os "motores" do carro americano já em pleno fim de linha, no Passeio Alegre, na Cantareira. |
A título de despedida, uma pequena atuação do Rancho "as Pauliteiras de Miranda" do Orfeão Universitário do Porto. |
Condutor devidamente fardado. O elemento feminino não faz parte dos participantes...só quis ficar no boneco! |
Uma vez mais o interior do carro elétrico 373, que em Novembro próximo completa cinquenta anos de serviço. Elegância para a época, daí serem os "pipis"...gente fina. |
Agora de frente, considerando a vara de alimentação. |
Com a presença de alguns "valentes" temos a atuação do Rancho "das Pauliteiras". Muito bem batiam elas com o pau... |
Pauliteiro(a)s obriga a bombo e gaita de foles! |
Como seguia no carro número 247, sensivelmente a meio do desfile, temos uma amostra dos que estavam atrás! |
Fora do veículo, em cima de um muro, tentando captar os mais atrasados |
* Comemoraram-se assim os cento e quarenta anos sobre carris na cidade do Porto (15 de Maio de 1872 - 15 de Maio de 2012).
Leia Mais