Texas Selvagem - A. J. Teixeira. Com tecnologia do Blogger.

Pensamentos no SilvaTexas

21 de maio de 2012

DESFILE COMEMORATIVO - PARTE III

* Continuando a ter como guião a brochura fornecida, vou-me referir, em concreto, ao CARRO AMERICANO NÚMERO 8 (OITO).
* O Museu do Carro Elétrico preserva nas suas coleções um belo e raríssimo exemplar deste veículo que ajudou a transformar a cidade "tripeira" nos finais do século XIX e inícios do século XX. Trata-se do carro americano número 8 que era puxado por uma ou duas parelhas de mulas, dependendo da inclinação das artérias. Transportava sensivelmente doze pessoas sentadas. Os seus bancos são de ripas de madeira e plataforma de salão. Foi denominado "risca ao meio" pela disposição longitudinal dos bancos onde os viajantes se sentavam frente a frente.
* Como curiosidade diga-se que em ruas de muita inclinação (exemplo a da Restauração) muitas senhoras com receio que o mesmo se despenhasse, rua abaixo, preferiam fazer a pé todo o percurso, inúmeras vezes, sob um sol escaldante e nuvens de pó, tão caraterísticas dos caminhos dessa época.
* Durante a noite era iluminado por velas de estearina (gordura vegetal) colocadas em lanternas que existiam no canto superior direito das plataformas. Posteriormente, na sua iluminação foi utilizado o petróleo. Para se identificarem os destinos dos carros substituiam-se os vidros das lanternas por diferentes cores que deixavam transparecer a luz para o exterior.
Atuação da tuna "Gristo Académico" no exterior do edifício do
Museu (a antiga central termoelétrica de Massarelos), no
Largo Basílio Teles.

O homenageado! Carro americano número 8.

Continuação da atuação da tuna que veio trazer
bastante alegria e entusiasmo aos presentes.

Carro elétrico histórico número 247, do modelo
Brill. Note-se a rede para evitar que, em caso de
atropelamento a vítima fosse esmagada pelos
rodados. Destino Praça (da Liberdade), carreira
2/

Este é unidirecional, mas considerando a posição da
vara de alimentação, será a traseira do carro 373, os
chamados "pipis". Como já se disse anteriomente
só efetuavam carrreiras que terminassem em rotundas.

Um verdadeiro guarda-freio trajado comn a vestimenta
usada à época.

Os "motores" do carro americano já em pleno fim
de linha, no Passeio Alegre, na Cantareira.

A título de despedida, uma pequena atuação do Rancho
"as Pauliteiras de Miranda" do Orfeão Universitário
do Porto.

Condutor devidamente fardado. O elemento feminino
não faz parte dos participantes...só quis ficar no
boneco!

Uma vez mais o interior do carro elétrico 373, que em
Novembro próximo completa cinquenta anos de serviço.
Elegância para a época, daí serem os "pipis"...gente fina.

Agora de frente, considerando a vara de alimentação.

Com a presença de alguns "valentes" temos a atuação do
Rancho "das Pauliteiras". Muito bem batiam elas com o pau...

Pauliteiro(a)s obriga a bombo e gaita de foles!


Como seguia no carro número 247, sensivelmente a meio do desfile,
temos uma amostra dos que estavam atrás!

Fora do veículo, em cima de um muro, tentando captar os mais atrasados
* Comemoraram-se assim os cento e quarenta anos sobre carris na cidade do Porto (15 de Maio de 1872 - 15 de Maio de 2012). 

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17 de maio de 2012

DESFILE COMEMORATIVO - PARTE II

* A importação de todo o material fixo e circulante indispensável para a construção e exploração desse caminho de ferro, foi autorizada livre de direitos nas alfândegas do reino até 30 de Junho de 1872, por decreto de 27 de Dezembro de 1870, que também determinou que a concessão seria anulada se até ao fim daquele prazo a construção não estivesse concluida e aberta à exploração.
* Assim em finais de Junho de 1871 iniciaram-se as obras de construção da linha marginal. A 29 de Setembro do mesmo ano estava concluida em toda a sua extensão a linha de caminho de ferro americano entre a Alfândega Nova e a Foz, prevendo-se a abertura ao público para muito breve. Porém, chegados os carros e iniciadas as primeiras experiências constataram-se algumas falhas, sendo as mais frequentes os descarrilamentos, que iriam atrasar a abertura ao público deste novo meio de transporte (revolucionário para a época). Sanados os problemas, a 09 de março de 1872 é iniciado um serviço transitório que ligava a Alfândega Nova à Foz enquanto se finalizava a linha até às Bouças (atual Matosinhos). A partida dos carros da porta da Alfândega para a Foz e vice-versa era de meia em meia hora desde as 06h00 da manhã e até às 08h00 da tarde (20h00), não contando com os carros extraordinários que poderiam ser expedidos (conforme a afluência). O preço da passagem era de oitenta reis.
* A inauguração oficial seria feita em 15 de maio de 1872, entre música e foguetes.
* Estava, assim, lançado na cidade do Porto o meio de transporte que dominaria até ao final do século XIX. Colocada a linha da marginal em pleno funcionamento, o Barão da Trovisqueira transfere para JOSÉ DIONÍSIO DE MELO e ANTÓNIO TAVARES BASTO a respetiva concessão, constituindo-se, desta forma a "COMPANHIA CARRIL AMERICANO DO PORTO Á FOZ E MATOSINHOS". Esta companhia comportava então a linha da marginal e o novo ramal que ligava o Largo dos Mártires da Liberdade (Cordoaria) à Alameda de Massarelos, via Restauração (seja o atual percurso da linha 18). O novo meio de transporte era, então, tão promissor que logo em Agosto de 1873, é criada por Vieira de Castro e Evaristo Pinto a "COMPANHIA CARRIS DE FERRO DO PORTO".
* A tração animal expandiu-se por grande parte da cidade e arredores até 1895, data em que com a introdução da tração elétrica, se inicia a sua progressiva substituição, que culminou definitivamente no ano de 1904.   

Fotografia que representa a antiga "rémise" de recolha
dos carros elétricos que se situava na Praça Mouzinho
de Albuquerque (Rotunda da Boavista) e que foi demolida
para no seu lugar ser construida a "novíssima" Casa
da Música. 

Carro elétrico no Campo Vinte e Quatro de
Agosto,  Porto e com destino à Venda Nova,
freguesia de Rio Tinto do concelho de
Gondomar. Este largo está remodelado e
há muito tempo que não é servido por
veiculos de tração elétrica.

Troleicarro no largo de Coimbrões, em Vila Nova de
Gaia. Este modelo "BUT" foram os primeiros a circular
pela atual STCP.

Troleicarro número 23 de três portas laterais, nas suas
cores de origem e em perfeito estado de circulação.
Encontra-se no interior do Museu do Carro Elétrico
do Porto.

Veiculos históricos que possuiam uma escada para
reparação das catenárias (linhas elétricas). Estão
em pleno estado de funcionamento. Note-se o
logotipo da então CCFP (companhia carris de
ferro do Porto).

Veículo zorra número 49, com duas varas de alimentação
e que serve para os serviços que os carros escadas
anteriores faziam. Ainda hoje é usado!

Tive de perguntar a um amigo engenheiro! Suspenso pelas
pinças está um induzido, que é uma parte de um motor
elétrico. Obrigado Peter!

Atrelado número 25, de modelo "pipi", unidirecional e
que é o único exemplar existente. Mesmo atrelado
tinha de levar um guarda-freio por via das
travagens bruscas!

Fotografia que representa a primitiva máquina a vapor
número 5 tracionando uma composição de atrelados em
Cadouços (hoje Avenidas de Montevideu, Brasil e Rua
do Passeio Alegre).

O carro americano foi desfilar e estes...ficaram no
esquecimento, mas também não comem palha!

Meus senhores escolham o destino...as chapas estão
prontas (ponte de Pedra, Antas, Praça (da Liberdade), etc.)

Merecida homenagem ao mentor do Museu do Carro
Elétrico do Porto, o Engenheiro Ferrer.

Placa existente à entrada do Museu, exibindo a data
da sua fundação.
(continua)

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15 de maio de 2012

DESFILE COMEMORATIVO!

* Servindo-me de uma brochura editada pela "STCP" (Sociedade Transportes Colectivos do Porto), vou fazer uma pequena resenha da inauguração do CAMINHO DE FERRO AMERICANO, que aconteceu precisamente em 15 de Maio de 1872, perfazendo a bonita idade de cento e quarenta anos. 
* Depois de um demorado e conturbado processo de instalação, foi inaugurada oficialmente, na cidade do Porto - com enorme entusiasmo - aquela que pode ser considerada a primeira linha de transporte público urbano, pelo sistema americano, em Portugal.
* Consideremos no entanto, o fato de a linha de americanos no Porto não ter constituido a primeira experiência no nosso país de instalação de um serviço de caminhno de ferro americano uma vez que Tavares Basto já havia ensaiado uma solução semelhante na Marinha Grande para transporte de mercadorias.
Carro elétrico número 500 que tinha lugares sentados
para o cobrador e guarda-freio, sendo um veículo unidirecional
só poderia fazer carreiras que terminassem em placas
giratórias (rotundas). Foi o último exemplar fabricado, pois
a partir deste só se fizeram adaptações, considerando-se o "500"
um protótipo!  

Carro belga de boggies duplos, que possui duas varas de
alimentação, que salvo erro é o número 286, qu esteve
estacionado bastante tempo na Praça do Infante, fazendo
publicidade aos circuitos turísticos.

Veículo de socorro, número 76, com o respetivo
carrinho acoplado. Como o nome indica - e ainda
hoje - reboca ou presta assistência aos veiculos
avariados.

Carro zorra número 48 que serve de apoio à
catenária (rede elétrica), sendo fechado
lateralmente.

Ora cá o temos! Carro americano número 8, que
pode ser puxado por uma parelha de cavalos ou
atrelado a outro veículo. É o único exemplar que
resta desta espécie!

Carro elétrico histórico, número 163 que pertence
ao acervo do Museu do Carro Elétrico do Porto.

O interior do carro elétrico número 100 que é aberto
lateralmente e cujos bancos são em madeira e colocados
longitudinalmente. Integra também o espólio do museu.

O autor do blogue armado em guarda-freio.
Não se preocupem pois o carro estava imobilizado!

Atrelado número 1 de bogies duplos e que integra
também o espólio do museu.

Carro elétrico do tipo belga, número 288, com duas varas
de alimentação e boggies duplos.
Os que são da minha juventude ainda se devem
lembrar de eles atravessarem a ponte de Leça; nessa altura
pintados de amarelo torrado

Carro elétrico número 373, que também é unidirecional e
que pela elegância da suas linhas foram chamados por
"pipis". No próximo mês de Novembro comemora
cinquenta anos de serviço.

A cabine de condução do modelo anterior. Nestes modelos
trata-se mesmo de uma cabine.

Assentos de madeira envernizada e com a forma para as
costas e o fundo das mesmas. Interior dos carros
"pipis". Que elegância...

Placa que se enconntra sobre a cabine de condução,
por onde se verifica o ano de construção e ....
pasme-se...construidos por portugueses.
Estamos ainda na série dos "pipis".
Sdo o "373" o único exemplar que resta.

Salvo opnião mais conhecedora, terá sido o "carroção" o
percursor dos transportes públicos. Exemplar único
que se encontrea no interior do museu.

O seu início foi como carro americano, depois passou a
atrelado, sendo agora um carro elétrico com o número 22.
CCFP (Companhia Carris de Ferro do Porto).
Peça única.

Carro zorra número 58 que fazia o transporte do carvão das minas de São
Pedro da Cova no concelho de Gondomar para a Central
Termoelétrioca de Massarelos.
* A ideia de instalar na cidade portuense um caminho de ferro americano remonta ao ano de 1858 quando ALBINO FRANCISCO DE PAIVA ARAUJO pretendeu obter do governo a concessão para estabelecer um caminho de ferro, daqueles que eram denominados por Americanos, entre a cidade e a então povoação da Foz. Essa autorização veio, porém, a ser concedida ao Barão da Trovisqueira (José Francisco da Cruz) que nasceu em 15 de Março de 1824, no lugar da Trovisqueira, freguesia de Gavião do concelho de Vila Nova de Famalicão, falecendo no ano de 1898. Com efeito, por decreto de 25 de Agosto de 1870 foram fixadas as clausulas e as condições mediante as quais foi dado ao referido barão, autorização para o estabelecimento à sua custa, de um caminho de ferro para transporte de mercadorias e passageiros, servido por cavalos (rail road), na estrada pública entre a cidade do Porto e a povoação (na altura) da Foz (do Douro), podendo a mesma prolongar-se até Matosinhos. 



(continua)

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3 de maio de 2012

FORMA DIFERENTE DE FESTEJAR O DIA DA LIBERDADE...NUM PASSEIO LIBERTO!

* Já se começava por alguns cantos a dizer-se que o meu blogue tinha acabado. Ele acabará comigo!
*  Agora que o ilustre e poderoso São Pedro nem sempre está pelos ajustes em que eu faça fotografia...bem...sou demasiado pequeno, para ter algo a dizer, apenas tendo de me submeter às ordens superiormente dimanadas.
Por entre a bruma, barcos de pesca no Rio Douro, junto
da Cantareira. Ao fundo já é a cidade de Vila Nova de Gaia.

Apenas mais uns passos para a frente e temos à esquerda
as Sobreiras (Porto, cidade invicta e campeã), com
mais embarcações destinadas à fauna piscatória.

Passa despercebido a quem transita de carro.
Monumento que representa "O Mensageiro" da
autoria da escultora Maria IRENE Lima de Matos VILAR
nascida na cidade de Matosinhos em 11 de Dezembro
de 1930 e falecida na cidade do Porto em 12 de Maio
de 2008. Além de escultora ficou célebre também
pelas suas pinturas e madalhística.
Recomendo uma observação atenta!

Canhões apontados à outra banda. O boneco? Enfim´...é o
proprietário do blogue numa das suas fífias!

Monumento que se situa no Jardim do Calém
e que homenageia os "descobridores de Ceuta"
por parte da armada de Dom João. 

O mesmo monumento de outro ângulo e que é
da autoria do escultor António Augusto LAGOA
HENRIQUES, nascido em Lisboa aos 27 de
.Dezembro de 1923, cidade onde faleceu com
oitenta e cinco anos em 21 de Fevereiro de 2009. 

Desloca-se sobre carris...Grua que serve para içar
as embarcações de pesca para o estaleiro que havia
anexo.

Não sei se são patos ou parrecos...mas que fizeram pose
para a foto, lá isso fizeram!
À esquerda a grua da foto anterior.

Lancha (perdão iate) que faz o transporte entre a Afurada,
Vila Nova de Gaia, e as Sobreiras,  Porto.
Pertence à sociedade "Os catraeiros do Porto"
À frente estão os famosos (pelos desacatos) barcos
que servem de discoteca flutuante, embora estejam
mais do que encalhados (estão fixos!)

Também desliza sobre carris. Carro elétrico que faz
a linha 1E, desde o Infante até ao Passeio Alegre,
acompanhando sempre o Rio Douro.

Com uma dedicatória especial para o amigo "Peter Sailor" (ele
sabe porquê)! Antigo cais de acostagem dos cargueiros que
transportavam cimento desde o Outão (Setúbal) até à
"Secil", cuja fábrica se situava à esquerda, no preciso lugar
da construção. Para os que não conhecem temos em fundo
a Ponte da Arrábida, obra do falecido engenheiro Edgar
Cardoso.

Réplica de barco rabelo, agora transformado em turismo
e que faz o circuito das cinco pontes (pois não chegam a
ir à Ponte do Freixo) e representam as diferentes marcas
do vinho do Porto(?) Régua.

E já alapado...Carro elétrico que faz a linha 18, entre
Massarelos (onde se encontra) até ao Carmo, via Hospital
de Santo António.

E eis a SENHORA DONA JUSTIÇA, estátua
que se encontra na entrada do "Domus Justiciae"
(Palácio da Justiça) no Campo dos Mártires da
Pátria (vulgo Cordoaria).
* Diz o povo simples na sua douta sabedoria, que após a tempestade vem a bonança! Após uma noite e manhã de pura invernia, a tarde do passado dia 25 de Abril permitiu que - a bem do meu colesterol - apanhando umas gotículas abençoadas, viesse desde Massarelos - local onde ficou o "Modus". pois eu tenho modos - até à Cantareira, na Foz do Douro! Muito embora eu tivesse assobiado quando aqui cheguei, ele não me obedeceu e fez-me andar a mesma distância em sentido inverso, a pedantes - entenda-se. INGRATO!

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